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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Técnica chamada EMDR ajuda a superar traumas

Terapia auxilia o tratamento de males como a depressão, síndrome do pânico, transtorno de ansiedade, distúrbios do sono e a superar os lutos

Em uma sociedade competitiva, cercada de pressões relacionadas ao sucesso pessoal e profissional, dificilmente passamos ilesos às crises existenciais. A violência que assola as cidades, o trânsito caótico, a perda de entes queridos são também condições que, apesar de fazerem parte da vida, podem nos deixar perdidos, indispostos e sem recursos para seguir adiante. São as chamadas doenças psicossomáticas, perturbações orgânicas provocadas por influência dos nossos próprios medos e anseios. Nestes casos, a psicoterapia tem se mostrado eficaz para as dificuldades diárias, visando o autoconhecimento.
Embora algumas pessoas ainda encarem com certo preconceito, receber ajuda terapêutica pode trazer um amadurecimento pessoal muito grande. Segundo a psicóloga Nicole Randazzo Arato, é comum ocorrerem dúvidas, receios, crises existenciais, estados de sofrimento. "E isso impede a pessoa de seguir adiante. Com a psicoterapia é possível ter um tempo para reflexão, amadurecimento e desenvolvimento, transformando comportamentos disfuncionais em experiências maduras e funcionais", afirma a profissional. Ela é especialista EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing ou Dessensibilização e Reprocessamento por meio dos Movimentos Oculares) uma técnica que auxilia o tratamento de males como a depressão, síndrome do pânico, transtorno de ansiedade, distúrbios do sono e a superar os lutos.
A psicóloga Simone Lemanczyk, também especializada em EMDR, explica que o método não é novo. Ele foi desenvolvido nos anos 80, por Francine Shapiro, uma psicóloga norte americana. "O EMDR é uma abordagem psicoterapêutica que permite a reativação do sistema de reprocessamento cerebral, onde as lembranças dolorosas são armazenadas", afirma Simone. "Todos nós possuímos um sistema inato de processamento de informações, e as patologias decorrem de um bloqueio nesse sistema", explica.
Tecnicamente falando, a EMDR atua induzindo a estimulação seletiva dos hemisférios cerebrais, região onde se encontra armazenada a memória das lembranças dolorosas. A focalização de elementos da memória traumática e a estimulação bilateral (visual, auditiva ou tátil) promovem o "diálogo" entre os hemisférios cerebrais e a "metabolização" (reprocessamento) do trauma.
O EMDR pode promover respostas mais rápidas e de forma mais protegida do que as abordagens tradicionais. O paciente não precisa falar sobre tudo o que lhe aconteceu, já que este método não cura pela fala, mas pelo reprocessamento, que é feito em nível cerebral.

Em que situações usar?
No início o EMDR era utilizado basicamente para tratar as sequelas provocadas por TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático). Após amplos estudos, verificou-se sua efetividade no tratamento de outras patologias como: fobias, síndrome do pânico, aumento exagerado de ansiedade, depressões e doenças psicossomáticas. Além disso, tem sido aplicado com eficiência no enfrentamento de câncer, de lutos complicados e no aprimoramento de desempenho futuro.

Quem pode usar?
Qualquer pessoa pode se submeter ao EMDR, desde crianças, adultos, idosos. Apenas não é recomendável para psicóticos e esquizofrênicos. Para Borderlines (pessoas com personalidades múltiplas) e Bipolares deve ser feita uma avaliação minuciosa, para apurar se há uma estabilização suficiente do quadro, possibilitando a aplicação da abordagem.

Na prática profissional, o EDMR só pode ser aplicado por profissionais capacitados e certificados por treinadores reconhecidos pelo EMDR Institute dos Estados Unidos. Quando mal manejado, há riscos de dissociação ou re-traumatização do paciente, portanto é fundamental que o profissional seja devidamente capacitado para aplicar o EMDR.

Atendimento em EDMR
Nicole Randazzo Arato CRP: 08/13815
Simone Lemanczyk CRP: 08/13814
Curitiba - Espaço Hummani
Rua: São Sebastião, 420 - Ahú
Telefone: (41) 3019-9553

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