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domingo, 19 de maio de 2013

Gays and Tatoos – Desconstruindo Mitos

Desde que me iniciei na comunicação pela internet, Tatoo to you too, artigo que aborda a questão das tatuagens, suas origens, perspectivas e realidade, foi o que obteve a maior visibilidade. 


Trata de divagação a respeito da imprescindibilidade do acolhimento e da aceitação das novas gerações que, ao contrário de todos os prognósticos e desejos paternais, estão a cada dia mais coloridos. Conclui pelo sentimento que acompanha essas mentes jovens e inquietas, muito mais conscientes da vulnerabilidade de nosso corpo físico, da transitoriedade da própria vida.
Sobre a influência dessa ótica, leio artigo sobre iniciativa, prá lá de bacana, a respeito de movimento denominado "De salto alto contra homofobia", levado a efeito pelo talento de Jefferson Kaibers, consistente em exposição fotográfica enaltecendo homens em saltos altos. 

A iniciativa tem efeito devastador e, partindo do “velho oeste” do Paraná, ganha o mundo a passos largos, acompanhando as declarações públicas e range-range de portas, tais como a queda em fileiras de dominó, de pessoas comuns a celebridades, que optaram por sair dos armários, assumindo uma vida absolutamente livre e autêntica.
Isso sem falar da barbaridade que antecedeu a iniciativa: o ataque jurássico de trogloditas cascavelenses unineuroformes contra um jovem bissexual de 19 anos em terminal rodoviário, como se qualquer homem, na plenitude dessa juventude, não pudesse subir em saltos, quantas vezes quisesse, ou fosse necessário. 


As imagens são tão contemporâneas quanto desconstrutivas – informam a respeito das origens dos sapatos de saltos altos que, surpreendentemente, foram inventados há 3,5 mil anos antes de Cristo, por açougueiros egípcios, a fim de evitar o contato dos pés com o sangue contaminado dos animais, isso depois de lançarem valentes e impiedosos as espadas e facões improvisados sobre eles em luta.
Agora, retornam os homens guerreiros retratados com seus apetrechos em formas e cores modernas. Lutam contra o sangue contaminado do preconceito, do atraso, da falta de instrução, da insensibilidade, do temor ao anarquismo e, principalmente, do anarquista igualzinho reconhecido em si, travestido em bíceps, coturnos e tríceps.
Mas é a sabedoria popular que acompanha o desenvolvimento social. O povo é sábio ao reconhecer a nova realidade, acolhendo sem preconceitos todos os irmãos, homens e mulheres, pouco importando suas preferências sexuais.
E diante de tanta humanidade, ao receber seus iguais em abraço apertado, irmanados estarão todos, a comunidade em retribuição. E, sobre a afeição emprestada, será devolvida a própria sociedade, por intermédio dos talentos e potencialidades humanas, que ficaram represados, restritos e oprimidos, agora livres e dispostos em vôo aberto...

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