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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

PERDIDAS NA NOITE - RED LIGHTS AMSTERDAM‏


Não adianta, o mundo digital já é parte de mim. Estou na Europa faz uma semana, mas faço questão de deixar aqui meu recadinho. Pela primeira vez voamos durante o dia chegando em Amsterdam por volta das 10 h da noite. Todos do nosso grupo estavam hiper cansados, loucos por um banho, lençóis limpos num quarto de hotel. Uma cruzada de olhares com a minha mãe foi suficiente para nos vermos, à meia noite, caminhando em conversa animada pelo centro da cidade. Muitos bares e restaurantes nas imediações do nosso hotel. Diante de um que nos pareceu moderno e acolhedor, entramos para uns drinks e umas comidinhas. Esclareça-se já, os drinks para Mercedes, porque não bebo mais, há tempo, nunca mais...
                         
Como é bom enxergarmos nossa vida de longe como se da lua observássemos a terra. Parece que tudo fica simples, fácil, e que os nossos problemas são iguais aos dos outros. Assim, nos sentimos pequenos, iguais, unânimes. Se pudéssemos sempre nos afastar assim das situações, discutir em mesas de bar, talvez tudo ficasse bem mais fácil. Ao lado de minha mãe, de súbito, percebi que estava diante de uma amiga, porque a passagem dos anos consome a diferença de idade. Riamos sem parar das situações mais corriqueiras daquele dia longo e cansativo, que insistíamos em prolongar. Os risos eram intermediados pelas lembranças, da vida, do pai, dos irmãos, de tantos que vivem conosco... Lágrimas de satisfação desciam à face, alegria e contentamento. Uma delícia...

                              
Ao ouvirmos uma batida techno-house em mix de Barbra Streisand descemos ao sub-solo onde rolava em dança escura, uma apertada multidão. Quase nos perdemos uma da outra, afastadas pelo empurra-empurra. Estávamos hipnotizadas pelo relaxamento. À distância, vi um holandês gigante aproximar-se da minha mãe. Concluí que era hora de ir embora, corri até ela e, em pouco tempo, já estávamos abraçadas de volta ao hotel. Ao me deitar naquele dia, completamente satisfeita, pensei que se o retorno ao Brasil fosse na manhã seguinte, a viagem já teria, completamente, valido à pena, mas ela estava apenas começando....

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