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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Rodrigo Alarcón lança Tesouros do Império

O joalheiro Rodrigo Alarcón lançou no fim de abril a coleção “1822 – Tesouros do Império”, com peças únicas e artesanais feitas em prata de lei, diamantes “pinhão” e moedas centenárias, que datam do Brasil Império.

 Rodrigo Alarcón, Gisele e a mãe Julietinha Carnasciali Miró
O convidado de honra do evento foi o representante da família imperial brasileira, Dom Bertrand de Orleans e Bragança. O lançamento ocorreu no Design Center Batel, em Curitiba, para um reservado grupo de convidados.
As moedas são uma paixão de Rodrigo e do irmão Marcelo, que dividem a criação das peças. Recebidas como presentes de amigos e familiares, ou compradas, elas foram sendo guardadas até que no ano passado eles resolveram criar uma coleção que aliasse a beleza das peças com a preservação numismática das moedas.

Dom Betrand de Orleans e Bragança olhando a vitrine
 Para criar a coleção – gargantilhas, pingentes, anéis, escapulários, abotoaduras e colares – Rodrigo fez imersões no Museu Imperial em Petrópolis, no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista e no Museu Histórico Nacional, ambos na cidade do Rio de Janeiro. Pesquisou detalhes, estudou a fundo a história do período imperial e, após alguns meses, criou as jóias. Durante seis meses, 16 artesãos confeccionaram as peças, algumas com características marcantes da monarquia e outras com traços contemporâneos, destinada ao público mais jovem.
Pelas características dos materiais usados, a coleção é monocromática, o que é uma exceção no trabalho de Alarcón. “A prata oxidada e o diamante pinhão dão um tom nobre a cada peça, o que condiz com a idéia da coleção. Tivemos também o cuidado de preservar as moedas, não usando solda. Elas foram limpas e fixadas na estrutura de prata de lei para preservar o valor numismático de cada uma delas”, afirma Rodrigo Alarcón.
Marcelo e Rodrigo Alarcón

O período imperial brasileiro ocorre de 1822 a 1889 e foi marcado pelo desenvolvimento, com a construção de estradas e portos para a comercialização de café, açúcar, algodão e cacau. “A prosperidade do império propiciou o crescimento do país e criou uma unidade nacional. Deixamos de ser colônia para sermos um país. E é esta grandeza histórica que resgatei nesta coleção”, disse.
Uma das características do trabalho dos irmãos Alarcón é a preservação ambiental. Em todas as criações é usada apenas prata reaproveitada e reciclada de material fotográfico e de chapas de raio X.
Convidado - Dom Bertrand de Orleans e Bragança esteve em Curitiba a convite da madrinha do evento, Clotilde Branco Germiniani, responsável também por parte da pesquisa histórica que foi a base da confecção das joias.
O representante da família imperial disse que a coleção resgata a glória do importante período da história do país. “Estas moedas contam a prosperidade e as riquezas da nossa terra. Estou muito orgulhoso de participar de um resgate histórico como este”, disse Dom Betrand que nasceu no exílio, na França, mas tem em seu registro de nascimento a cidade de Jacarezinho (norte do PR), onde morou com a família por alguns anos.

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