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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz Ano Velho

No meio desse turbilhão de final de ano, paira uma certa obrigação de fazer e acontecer como todo mundo, à vista de todos, se acotovelando nos shoppings. Minha vontade é de acabar o ano um pouquinho antes e tomar um banho de rio junto a pousada João de Barro da Mary Derosso. Mas, como isso não é possível, sigo aqui, par e passo na multidão. Nesses dias de trânsito complicado ouvi uma entrevista no rádio que me acometeu como um bálsamo. O Vice-Presidente José Alencar contava da sua luta pela vida e com tamanha humildade (própria dos sábios) falava o que era para ele realmente importante na vida. Disse que nunca esqueceu um ensinamento do pai, no sentido de que: importante na vida é "você sempre poder voltar". E explicou: voltar num comércio em que você teve um mal entendido. Voltar no clube, em que você brigou em quadra. Voltar no bar, em que saiu às vias de fato quando discutiam os destinos da humanidade. Voltar ao filho, quando foi muito rigoroso. Voltar ao pai, quando em fúria, desobedeceu. Enfim, poder sempre voltar. Olhar para trás, vislumbrar a caminhada, e saber que é possível o caminho do retorno, que sempre será possível dar meia volta e reencontrar. Não deixar as coisas se agravarem a ponto de que, numa necessidade de caminhar para trás, tenha que se fazer um desvio. Não, isso não. Caminhe à frente. Mas tenha certeza que o caminho de volta será reto também. Adorei. Tomara que ele continue assim. Vivo. Tão vivo.

Casas preservadas pela Família Calluf


Exemplo de preservação histórica, as casas super bem recicladas, conservadas pela família Calluf

Pausa para o café

É na mesa do café que os papos são mais diretos, rápidos e sinceros. Não há tempo de rapa-pés, é hora da conversa solta, fluída, deliciosa. É claro que dá pra adicionar um charmezinho no cenário. Armários Kitchens, mesa de madeira de demolição da Legno, chícaras de alumínio, apoios de mesa (carrefour 1,99) e a garrafa térmica do designer escandinavo George Jansen, que conquistou a Europa com seu trabalho.

Londres

É imprescindível ir assistir a um espetáculo em Londres porque a vida noturna é pungente e ferve com a saída dos teatros. Com frio, chuva, não importa o West End vai estar sempre cheio. O movimento se intensifica até a meia noite porque terminado o metrô, ou se passa a noite nos bares e boates, ou o retorno é feito de taxi, que é bem raro e caro de madrugada.
Não recomendo comprar os ingressos pela internet que acabam custando até o dobro do preço. Você pode comprá-los para o mesmo dia a preços bem acessíveis na estação do metrô da Lacester Square. Ali tem uma banquinha, super fácil, e aceitam todos os cartões. Imperdível o musical Billy Eliot que está um pouco fora do circuito, passa no Victória Theater ao lado da Victoria Station, mas este teatro tem uma grande bilheteria que funciona diariamente a partir do meio da tarde.

Perda irreparável em 2009

Julio Pechman foi um grande arquiteto. Sua obra está muito presente entre nós curitibanos. Seu estilo inconfundível, sua grife bem identificada, nas diferentes fases porque passou sua arquitetura, estará eternizado para sempre. Curitiba/Pechman. Perguntado em uma entrevista qual era a casa mais bonita da cidade: Respondeu que, em sua opinião, era a casa construída pela família Calluf, na rua Jaime Reis e que o imprecionava desde jovem. Hoje, a casa é ocupada pelo escritório de advocacia (e muito bem conservada) de Andersen Ballão. Oportunamente, é dele o projeto da casa que abriga a simpática mostra de arquitetura e decoração Morar Mais por Menos, o chique que cabe no bolso. Por fim, um de seus últimos projetos, a belíssima casa do empresário Lincoln Gasparim, no alto da colina do Parque Barigui, figura soberana, como uma escultura para cidade. Valeu Júlio, você contribuiu muito para que nossa cidade fosse um luxo.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A Curitiba que amo

Ao abrir meu arquivo de fotos me deparei com uma pasta que tinha muitas imagens, algumas de Curitiba e outras de um passeio que fiz na Europa. Tive a oportunidade de embaralhar aquelas imagens e concluir que nossa cidade é um luxo, linda, brasileira, européia, úmida, em bruma, cosmopolita. Separei essas aqui de um cantinho que amo que é a praça Eufrázio Correa. Contornando a Praça como os ponteiros de um relógio, centrada por uma fonte mágica, vamos vendo o passado no presente, magistralmente. Em primeiro lugar a antiga estação de trens e o reciclado Shopping Estação, em seguida o casarão rosa, super bem mantido e restaurado pelo Professor e Advogado João Casillo, aliás, Regina uma vez disse, adoramos casas velhas (se referindo ao Solar do Rosário), modéstia absoluta de quem realmente sabe das coisas, um luxo. Ao lado, o enorme painel do Poty, na fachada cega do hotel Paraná Suítes, contando a saga do povo do Paraná. Ainda girando o prédio da Câmara Municipal de Curitiba e, por último, o restauro bárbaro da casa que tinha frente para praça já na rua Barão. Aproveito para deixar meu abraço ao casal João e Regina Casillo por mais um aniversário de casamento, neste dia 29 de dezembro.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O verão chegou

Há casas lindas na baia de Guaratuba, algumas já fazem parte da paisagem como se pertencessem aquelas encostas e sempre estivessem ali. Castelinho construído por Romildo Voss, hoje transformado na Pousada CastelinhoCasa de Hamilton Thá Casa de Acir Cornelsen A casa mais antiga da baia

Casas atemporais

Quando o projeto de uma casa é bom, e ali existe talento verdadeiro, ele é completamente atemporal. As décadas se sucedem e a construção continua sendo bela, ou ainda guarda suas características fortes, a personalidade do arquiteto. Projeto sem personalidade se dilui com o tempo e cai rapidamente no lugar comum. Uma das casas mais lindas do litoral do Paraná é a casa da praia mansa de Caiobá, construída nos anos 70 pelo casal Erley e Zulma Volpi. A casa tem o projeto assinado pelo escritório Forte/Gandolfi e é um exemplo da melhor arquitetura do nosso estado. Os jardins, contornando pedras e a praça que fica ao lado da casa tiveram uma inspiração incomum da então proprietária Zulma, que foi quem plantou as enormes árvores existentes ainda lá. Recentemente adquirida pelo casal Cesar e Berenice Vieira Fadel, sofreu uma grande reforma ganhando um pavilhão de suítes no fundo do terreno, piscina, churrasqueira, e ampliação do living. Os novos proprietários tiveram a sabedoria de chamar o Gandolfi para projetar a reforma e a ampliação. A casa que já era um luxo, um centro de bom gosto e arte, tornou-se ainda mais bela. E os jardins da Sra. Zulma, agora remodelados, guardam o seu carinho, capricho e arte quando de sua construção, há quase 50 anos atrás.



Fotos: Mary Derosso

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O Verão Chegou!

Há encantos secretos na baia de Guaratuba, como o por do sol no pé da serra, subindo o rio São João, o sambaqui do Rio Cubatão ou a cascata pros lados do Iate Clube de Caiobá. Tem o restaurante da Santa, no meio da baia, com ostras deliciosas e o melhor peixe frito da região e tem também o sofisticado Marina do Mar do casal José Carlos e Lilian Gasparin Guimarães que transformaram, com ajuda da Rosa Daledone, sua casa de verão no mais sofisticado restaurante público, à beira da baia. Os pratos são fantásticos, porque o Zé Carlos sabe, como ninguém, comprar os frutos do mar. Mas o que vale mesmo, o ingresso, é a vista fantástica das mesinhas da piscina e o sol caindo no final da tarde.


Nossa bela Baia de Guaratúba

Casas da família Barranco, com leitura super contemporânea da arquiteta da família é claro, Daniele Barranco Omeiri

Casas do Porto Marina com praia particular

Um dos jardins mais amplos frente a baia de propriedade da família Prosdócimo

domingo, 27 de dezembro de 2009

Chegou o verão

Se você não está disposto a gastar horas em estradas engarrafadas e aeroportos super chatos, é hora de olhar ao lado, e descobrir que as melhores soluções podem ser aquelas que estão postas bem do nosso lado. É verdade, às vezes a resposta está tão próxima, tão obvia, que não conseguimos ver...Pra exemplificar, vou ficar, desta vez, só com os encantos da baia de Guaratuba que é linda, e vou deixar a de Paranaguá pra outro dia....

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Sion

Ao caminhar pela imediações do colégio Sion, às vezes tenho a sensação que o tempo não passou. Há muito por aqueles quarteirões que não se modificou, se preservou, ou foi ocupado por restaurantes de forma super racional e inteligente. A propriedade, hoje, pertencente a escola, pertencia a família Azeredo, onde estava edificado um casarão ocupado pela família. Antes das irmãs adquirirem o terreno, ainda funcionou ali o Clube do Automóvel, onde havia exposições de carros e também se realizavam festas e bailes. Todo mundo que andava por lá, naquele tempo, ou que estudava no colégio, ou pegava a saída, vai concordar comigo: o que mais sinto falta é do cheiro de café torrado, da torrefadeira que havia, onde hoje, está o shopping novo Batel. Aliás, por isso, pra mim, é o shopping mais charmoso da cidade, adoro as novas salas de cinema no sub-solo que ficaram super confortáveis, e com uma grade de filmes do circuito, mas também alguns cult, muito bons.

A casa de pedra da família Códega, até hoje na mesma esquina.

Mudança de endereço

Chegada a hora de mudar para um apartamento, contratar arquiteto, o que fazer com todas aquelas coleções adoradas, peças de estimação, móveis antigos? Muitas vezes, a tarefa do arquiteto ou decorador de interiores é muito mais estudar uma nova roupagem e disposição, do que ter que comprar tudo de novo, como ditam alguns profissionais. Gallés, Laliques, L'adrós, persas, prataria, telas, mobiliário são relíquias, às vezes, inestimáveis, de valor econômico e sentimental. Veja algumas soluções da arquiteta Ana Padilha, em um apartamento de Curitiba:
Mandou fazer, em madeira de demolição, uma vitrine para exibir e acomodar as peças mais frágeis.

Utilizou painel de demolição da Legno, criando um espaço para exótica coleção de charutos.
Valeu-se de um porta guarda-chuvas, para a coleção de bengalas de ouro e prata.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O sucesso de Hairspray

Por que Hairspray faz tanto sucesso? Por que lota, diariamente, desde que estreou, nos teatros no West End em Londres? Primeiro porque é uma história super simples sobre uma menina gordinha, contrária a todos os parâmetros do final dos anos 50, que consegue integrar um programa de TV, e de quebra, ainda aprende a dançar com os negros e os leva também para o programa. Ora, como será que uma platéia formada só por estrangeiros: indianos, árabes, africanos, japoneses, israelenses, americanos e sulamericanos, residentes e não residentes na Inglaterra, reagem, ao final feliz, da sua própria história de inclusão ?

Casa da Francisco Rocha - Exemplo de restauração

Há uma bela casa em estilo germânico na Francisco Rocha, quase na esquina da Visconde. Esta casa foi construída pelo empresário Augusto Mocelin e sua mulher Odete (Dedé) Mocelin. Formavam um casal exemplar e empreendedor, a exemplo da criação e construção do Parque Ouro Fino, num tempo remoto que nem sequer havia asfalto nas cercanias de Campo Largo e Bateias. Pois bem, dona Dedé foi uma mulher extraordinária, com uma capacidade incomum de se relacionar com as pessoas. Era capaz de sorver o melhor do diálogo, tanto com uma dama da sociedade, quanto com um simples jardineiro ou carpinteiro, aliás, ofícios que ela entendia também.
Naquela época, morava na casa ao lado uma bela moça, filha de médico, de tradicional família da cidade e na frente, um rapaz, humilde, mas ao seu sentir, super promissor, inteligente, bonito e, ainda por cima, estudante de engenharia. Ora, é claro que sua casa acabou sendo o palco da aproximação daquele jovem casal. Ela se chamava, Rosita Beltrão, ele, Cecílio do Rego Almeida. O resto da história todos conhecem...
Mais tarde a casa foi vendida para a família Bodziak, que viveu ali muitos anos. Recentemente era ocupada por uma escola de idiomas que a pintou de lilás. Retomada e recuperada pelos irmãos: o médico Higino e o jovem desembargador Fernando Wolff Bodziak, restauraram exemplarmente a propriedade.

A arte de André Mendes

O artista plástico André Mendes, começou modesto, com um trabalho, ou outro, nas mostras de decoração, impulsionado pela mama, a decana decoradora Iara Mendes.
Acontece que o rapaz já está voando sozinho, se especializou em grandes painéis. Os curitibanos já começam a reconhecer seus trabalhos em locais públicos, o que deve ser, um "beijo no rosto". Ele tem indiscutível talento, ou simplesmente, é um artista....

Bárbaro! Podia estar na minha garagem

Collor


...Mas nisso ele estava certo, nossos carros eram uma carroças...

Fórum Eleitoral

O novo prédio do Fórum Eleitoral de Curitiba é um exemplo para o Brasil, orgulho dos paranaenses. Os dados fornecidos foram colhidos com o Marden Machado, nosso Rubens Ewald Fº das Araucárias, assessor de comunicação do T R E. (Aliás, Marden pode ser ouvido todas as 6ªs na 91,3 a Rádio Rock, no programa da Maria Rafart. O melhor programa de rádio da cidade porque a Maria, irreverente/inteligente tem o poder de transmitir emoções pelas ondas do rádio, além de ter um sorriso contagiante que só faz bem para os ouvintes.)
Obra ultra moderna, apenas um quadrado em concreto, com um rasgo no telhado que fornece iluminação e clareza em todo ambiente. Arquiteto o super-conceituado Abrão Assad: (Shopping Crystal, Rua 24 horas, prédio da Petrobras e Paço Imperial no Rio, e por aí vai....) um luxo que só Curitiba mesmo para presentear seus eleitores com uma obra dessas.



Mestre Niemayer

Quando Niemayer foi chamado para construir o anexo ao prédio das Secretarias, já existente no Centro Cívico, e que iria abrigar o futuro museu OSCAR NIEMAYER, pensou: "Como não esconder o prédio antigo,(também de sua autoria) que possui um dos maiores vãos livres da América Latina? Simples, levantando o prédio da frente, de modo que não fique prejudicada a visão do de trás, de modo que os dois formem um conjunto harmônico. Ele sabe das coisas mesmo...

"Coberturinhas home-office"

Uma nova opção de imóvel está sendo oferecida na região do mossunguê/ecoville. Trata-se de quatro sobrados com características próprias. Na verdade, eles têm um apelo comercial grande, posto que a rua onde estão sendo edificados, a Paulo Gorski, embora de grande movimento, é bem arborizada e guarda aquele ar bucólico. Ao invés do convencional ático, o sotão, ou sala dentro do telhado, a arquiteta Ana Padilha, autora deste projeto e de vários edifícios de luxo na cidade, optou por transformá-los em "coberturinhas", como ela chama, que foram assim divididas: no piso térreo estão garagem, sala para dois ambientes, cozinha e lavanderia, no segundo piso, três quartos, sendo uma suíte com varanda, e no terceiro piso, uma área coberta com churrasqueira, podendo ser instalada uma pequena piscina ou ofurô, envolta em uma área avarandada com uma vista super ampla e agradável do Ecoville. Dirije-se para o consumidor, que quer o sol e os confortos de uma cobertura, sem pagar os caros encargos que isso representa, e de quebra, ainda podendo desenvolver, ali mesmo, sua atividade comercial, funcionando como uma "coberturinha home-office".

Luxo

Muita gente chama a loja Bazaar da Sete de Setembro de "a Daslu de Curitiba". Na verdade, elas também vendem daslu, mas, mantendo as diferenças entre São Paulo e Curitiba, há mesmo muitas semelhanças. A Daslu começou em um sobrado de dois pavimentos na Oscar Freire, nos Jardins, movida pelo interesse e bom relacionamento de duas Lus, daí Daslu. A loja no início era pequena, já não havia provadores, porque todas as mulheres se conheciam e aquilo era mais um divertido encontro de amigas. No máximo, A conhecia B, que também conhecia C...
Pois bem, com a Márcia e a Andréia, não foi diferente. Elas e a mãe, a carismática Ivoni (que tem títulos surpreendentes no currículum como: campeã de basquete, volleybal e de miss paraná, isso mesmo uma linda mulher nas quadras), mantinham uma loja na casa da Vicente Machado onde promoviam um encontro de amigas. Acontece que todo mundo queria ir lá, saber o que elas haviam trazido de São Paulo, do Rio, de Minas ou de Nova Yorque. Além disso, promoviam uns joguinhos de volley, na quadra que existia na casa. É claro que todo mundo queria ver as novidades.
Souberam crescer, se associaram a dinâmica Solange Elias, transformaram a belíssima casa do construtor Farid Surugi num templo de luxo e moda,confraternização, (porque ninguém perde as festas que são perfeitas ), muita moda de qualidade, várias grifes. São um exemplo, porque souberam somar oportunidades, cativar as pessoas, trabalhando honestamente, com bons produtos e, principalmente, somando esforços e agregando tanta gente em prol da Bazaar.

Maria Filó

Nada mais original do que unir a Maria Filó e um Jaguar. A idéia só poderia ter partido dos super boa praça Luiz Gil Leão.